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Trombone

TROMBONE 





Trombone Tenor sem rotor


Trombone

Instrumento musical de sopro pertencente à família dos metais. Consiste num longo tubo de três segmentos e que tem numa das extremidades o bocal e na outra uma campânula. Existem dois tipos de trombone: o de pistão, em que o som é regulado por válvulas, e o de vara, no qual um mecanismo deslizante controla a emissão sonora.

Nos dias que correm o trombone pode encontrar-se em diferentes formatos, podendo considerar-se uma família de instrumentos que inclui desde o trombone contrabaixo até ao trombone soprano, nas variedades de trombone de vara e de pistões, e até mesmo numa variedade híbrida que combina as duas formas anteriores num trombone vulgarmente chamado “superbone”.

O Trombone na antiguidade

O trombone é, provavelmente, o instrumento de sopro mais facilmente reconhecido e identificado, sendo o único instrumento que verdadeiramente incorpora, na sua modalidade de “vara”, uma secção deslizante.

O trombone existe há já vários séculos, nas mais diferentes formas nomes, mas permaneceu praticamente inalterado na maior parte da sua existência. A origem da palavra trombone (utilizada no Português, Francês, Inglês e Italiano) é simples e curiosa: deriva da palavra italiana tromba (trompete) acrescida do sufixo one, o que, traduzido, significa grande trompete. Curiosamente, esta designação nem sempre foi bem aceite, razão pela qual sofreu grandes modificações em vários outros idiomas.

Um outro termo para designar o trombone utilizado por instrumentistas é a palavra inglesa “sackbut”. Francis Galpin, que dedicou uma parte considerável do seu tempo no estudo da etimologia desta palavra, sugeriu que a mesma deverá ter tido origem na palavra espanhola “sacabuche” usada no séc. XIV. Por outro lado, Curt Sachs, aponta para a palavra de origem francesa “saqueboute” (saquier + boter, isto é, puxar + empurrar), também do séc XIV, como a origem provável daquele termo.

O termo actualmente existente na Alemanha para designar o trombone – Posaune – também tem uma história curiosa: O trombone tem como ancestral uma espécie de trompete estreito e comprido chamado Buisine e, à medida que o instrumento foi evoluindo, também o termo foi sofrendo modificações; o equivalente alemão para buisine era buzine, na idade média transformou-se em busune e, com o tempo, alterou-se para buzaun e, finalmente Posaune desde o séc. XVI.

O Trombone Moderno

O trombone moderno não difere muito do usado nos períodos mais remotos! As suas propriedades e características fundamentais e distintivas mantiveram-se, porém, as dimensões do instrumento mudaram bastante. O trombone moderno existe em vários formatos e tamanhos, mas o diâmetro do tubo é significativamente maior que o dos seus ancestrais.

Trombone Tenor


As suas principais características são um tubo cilíndrico cujo diâmetro se mantém constante ao longo de toda a sua extensão, uma extensão mecânica que produz o encurtamento/alongamento do tubo principal (nos trombones de vara) e uma campânula que, no caso dos trombones de vara, se estende proporcionalmente com a parte articulada numa proporção de 1/3.

Há diversos tipos de trombone usados hoje em dia e a sua utilização é generalizada, sendo usado nas orquestras sinfónicas, passando pelo jazz, grupos instrumentais de sopros e/ou metais, etc. Os 3 tipos de trombone mais utilizados hoje em dia são os trombones alto, tenor e baixo e destes o tenor é o mais comum.

Trombone Alto


Os trombones tenor e baixo estão normalmente afinados em Sib. O alto, mais raramente usado, encontra-se normalmente afinado em Mib ou mesmo em Fá. Também existe uma espécie de trombone soprano que se pode mais considerar como um “trompete de vara”, mas é muito raramente utilizado e quando o é normalmente é tocado por um trompetista dado o tamanho do bocal. Há ainda a referência a trombones contra-baixo, mas apesar de tal tipo de trombone se revestir de uma especial curiosidade, a verdade é que o seu uso é quase insipiente.

Trombone Baixo


Nas bandas filarmónicas, cabe ao trombone um importantíssimo papel duplo de, por um lado sustentar harmónica e ritmicamente a condução melódica e, por outro, se constituir ele próprio como instrumento solista.


Referências bibliográficas

F. W. Galpin, "The Sackbut, its Evolution and History", Proceedings of the Musical Association, Londres, 1906.
Curt Sachs, The History of Musical Instruments, London , J.M. Dent and Sons Ltd., 1942.

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